Em frente a um abismo, fundo e negro, olho para trás... Para tudo o que vivi, para tudo o que senti...
Promessas perdidas no tempo, tristezas apagadas em lágrimas caídas...
Tudo foi efémero, sem que eu tomasse consciência disso.
Como queria ter guardado o teu olhar na minha memória, como queria que o teu sorriso nunca me abandonasse.
Em imagens vagas, em palavras difusas, estás em mim...
Mas quero mais... Quero sempre mais... E isso consome-me por dentro, pois sei que mais que isto nunca vou ter.
Agarro-me à lembrança do teu sorriso, do toque da tua pele...
Acredito que os dois sonhamos como um só... Que respiramos como um só e é isso que me mantém... Sem meio nem fim, mas apenas assim...